quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

- Disenchanted

Fechei os olhos por preferência, emudeci por cuidado.
Estou confusa, quase não dormi e sonho algum me chegou à mente.
passei a noite em lapsos, entre acordada e ocupada com meus medos.
medo do nada
taquicardia
falta de ar
inquietude
O cérebro trabalhando sem motivo, enquanto deveria desligar-se. Mas ele permanece mantendo-me acordada por medo, por culpa, por dor e por candura.
Eu não sei o que eu quero, nem o que me tornei.
Fugi de mim a vida toda e hoje em dia, não sei como me achar.
Talvez não haja o que achar, me posto sem personalidade, sem caráter, direito ou cor.
Sou insipida, inodora.
Sub-existo na vontade de ser, em mim um algo que não só respire.
Venho mudando um alguém que não sou. Reprimi e corrigi quem eu queria ser, mas esqueci de fazer o mesmo com a parte de mim que sou eu.
Tenho mais de uma de mim aqui dentro, uma dualidade de sentidos opostos.
Não consigo me ater a nada, mas sou possessiva.
Queria fechar os olhos e descansar,
Sentir o sabor do meu "Eu" e descansar,
Sentir a dor que me causaria e só me deixar ir...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

-Long Long Journey into the darkness

Long Long Way to go...


Sinto a relva em baixo de mim
sinto o vento em meus cabelos e rosto
sinto a areia em meus dedos dos pés
sinto o universo ao alcance das minhas mãos.

vejo o céu de perto
vejo os astros distantes
vejo o futuro e passado unindo-se
vejo o nascer de outra era.

Tenho tudo o que preciso aqui
tenho o meu agora
tenho um coração no além mar
tenho uma mente que corre aventureira.

Mas eu continuo aqui, apenas vivendo!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

- Depois de tanto caminhar

Estou crescendo, mas não fisicamente.
Crescendo em ambições, em sonhos, em pontos, em vistas, em desandes, em loucuras, em certezas de erros, em ser baixinha, crescendo em mim.
É muito difícil ver o mundo mudar e eu ser a mesma pessoa, ou talvez o mundo que continue o mesmo e o que tenha mudado seja meu senso de igualdade, NÃO IMPORTA!
no final, quem realmente liga pra alguma coisa?
quem decide o que é moralismo, e o que é consciência?
e quem criou tudo isso, afinal?
eu tinha medo de crescer e me perder no meio do caminho, e agora que estou no meio do caminho, tenho medo de não ter notado o desvio. eu me perdi?
me deixei, saí sem mim, corri pra longe do eu que amei! e me sinto bem hoje, mas e amanhã?
quando eu chegar ao fim dos meus dias eu vou ver algo que tenha mudado pelo mundo?
e o mundo, precisa ser mudado, ou eu que tenho que me adequar?
sinto que se eu abandonar todo egoísmo que há em mim, eu vou ser alguém que não tem nada que é realmente seu.
tenho ciumes de mim, não quero ninguém tentando me mudar...
eu sou minha, ora! só vou mudar se eu quiser!
mas como todo bom estabelecimento, eu aceito opiniões!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

-Lamentações de Jéh(remias)

Esquecida em um canto qualquer, submergida em minha dor, esgotada, lapidada pelo sofrimento.

O engano adorável cercou-me como um muro e eu já não posso sair.

As doces dores da vida desviaram meu caminho e me fizeram em pedaços

Lembro-me da minha aflição, do meu pranto, do meu veneno e do meu absinto, derramados por preço de quermesse. Minha cansada mente todos os dias se recorda e debate-se dentro de mim, buscando com cada resto de força a esperança inexistente, há muito tempo perdida.

Queixando-me a cada segundo por meus pecados sem volta; o gosto do sangue escorrido por minhas mãos. Tento ligar meu coração a essa força que me cerca.

Dos meus olhos caem torrentes de lagrimas, quebrantando meu ser aos pés do ser supremo.

Alivio-me e percebo, que a música a ser tocada em min’alma pode ser outra, e que a saída, é o atento do Senhor vindo dos céus. O socorro que remiu a minha vida e quebrou finalmente a trava do meu ser.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

- Síndrome de Clèrambault

Você me ama como eu te amo! Posso ver claramente em seus olhos, mesmo quando você não está olhando pra mim.

Por mais que você insista em dizer que não me quer, me odeia, me quer longe, que sou louca e outras coisas. Posso sentir o seu afeto, o seu toque e seu carinho, e seu sorriso quente que vem em minha direção.

Entendo que sua família, amigos, vizinhos, parentes e até mesmo os desconhecidos, que nada tem com sua vida, não possam saber de nós dois. Nossa comunicação é algo raro e caro, que não se acha em qualquer lugar.

Somente eu posso ler os seus sinais pra mim, só eu consigo entender esse seu jeito de me desprezar. É carinho! Ah eu sei que é.

Minha única loucura e problema é você, és a minha desgraça, minha amargura, meu ódio e meu pecado. Mas seria mentira dizer que não te quero, que não vejo o seu brilho ao me ver sentada frente à ti e em meio a dezenas de outras pessoas, quando você finge não me olhar.

Meu doce veneno preciso ter-te comigo uma vez só. Sentir teu cheiro de perto e te ter em meus braços. A distância entre nós me mata todos os dias.

Todas as manhãs eu me desacordo para a vida, ao ver que ao meu lado não é você quem ressona suavemente. More comigo, viva em mim e eu te mostro como sou o melhor amor que você pode ter.

"tenho assistido bastante a serie Criminal Minds. Volte e meia, vi em um episódio um relato sobre algo que achei muito interessante "síndrome de Clèrambault". A mesma consiste em uma relação afetiva que só existe na mente da pessoa afetada, que se apaixona perdidamente por alguém (geralmente de maior poder aquisitivo) e acredita que esse alguém também a ama, mesmo que as vezes, nem a conheça. O portador acredita na comunicação através de olhares, de negação constante e de um intitulado "brilho"."

-Coleccionista de canciones

Foi tudo tão iluminado quanto o escuro, que eu nem pude ver que estava me perdendo nessa minha incansável procura por você. Quando algo tem de evoluir ele simplesmente cresce, por mais que continue do mesmo tamanho.

Foi tudo tão profundamente raro que poderia ser encontrado em qualquer esquina, um sim, e La estamos nós outra vez envolvidos nessa loucura de ligações eternas inacabadas, nesta zona de perigo onde tudo é amorosamente encantador, onde o mal se encontra mesmo que involuntariamente, incluso em nossos mais profundos pensamentos.

Foi tão deliciosamente doloroso para nós dois tudo aquilo que passamos separados, que agora neste mundo conflituoso temos a necessidade de compartilhar em silencio, toda essa infinidade de palavras.

Foi tudo como um romance, daqueles em que o sangue fala mais alto, porem ao invés de morrermos, viveremos nesta eterna morte da cultura, repartindo a cada dia que se vai, um novo relato que nos fortalece como pessoas, mas enfraquece nossa alma.

E como se não houvesse mais nada a ser dito, nós continuávamos a falar sobre toda aquela improvável realidade que nos atormentava todos os dias. As marcas das pedras vão ser eternas, mas a amizade que construímos vai durar o quanto for preciso.

“vejo agora que a necessidade será em um tempo chamado pra sempre"

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Que Se Perde Enquanto Os Olhos Piscam

Pronde vai?
Toda tampa de caneta?
Todo recibo de estacionamento?
Todo documento original?
Isqueiro, caderneta,
A camiseta com aquele sinal...
Pronde vai... toda palheta?
Pronde foi... todo nosso carnaval?
Pronde vai?
Todo abridor de lata?
Toda carteira de habilitação?
Recado não dado, centavo, cadeado?
Todo guarda-chuva!
Pra fuga pro temporal!
Pronde vai... o achado, o perdido?
Eu não sei, veja bem...
Não me leve a mal...
Pronde vai?
Todo outro pé de meia,
Carteira, brinco e aparelho dental?
Pronde vai... toda diadema?
Recibo, receita e o nosso enredo inicial?
Pronde vai?
Toalha de acampamento,
Presilha, grampo, batom de cacau
Elástico de cabelo
Lápis, óculos, clips, lente de contato?
A nossa má memória!
A denúncia no jornal?
Pronde vai... aliança, chaveiro, chave, chinelo?
E o controle pra trocar canal
Pronde vai?
O solo que não foi escrito?
Labareda nesse labirinto,
O instinto, o reflexo, sem seguro
O coro do socorro! o lançamento oficial!
Pronde vai... a culpa da cópia?
Pronde foi... a versão original!?
Pronde vai?
A bala que se disparô?
O indício do vício que disseminou
A busca do corpo por algo vital?
A firmação do pulso! o discurso radical!
O troco em moeda... a lição da queda
Pronde foi... nosso h

umor e moral?
Pronde vai? todo nosso desalento
Morre brisa nasce vendaval
Pronde vai a reza vencida pelo sono
Ela vale? me fale... me de um sinal!

São Longuinho
Me fale me de um sinal!

Pra onde foi?
O canhoto, benjamim de tomada
Simpleza, prudência, clareza... consideração!
Autenticidade, compaixão, certeza... o perdão
A urgência, carrega a dor de bateria,
O extrato, a ponta, a conta nova, a cola e a extensão,
O estímulo,o exemplo, ,a voz dissonante...
A coragem do meu coração!

São Longuinho, são Longuinho
Me fale me dê um sinal!
São Longuinho, são Longuinho
Pra onde foi?
A coragem do meu coração!