quinta-feira, 2 de junho de 2011

- Cantando no meu silêncio ~*

Te vejo com meu sexto sentido aguçado. Me vejo, não mais como menina. A sua magia e sua pureza me fazem despir a capa da infância, e mergulhar num turbilhão de sentimentos que nunca, em outros tempos, havia provado.

O seu olhar e sua mania de me falar displicentemente ao pé do ouvido, o que só você vê em mim. A forma como seus braços me envolvem, e a doçura com que seus lábios tocam minha testa, me mostram que você nunca me machucaria.

As tuas suaves mãos, e até a tua respiração, entra em compasso com a minha. O seu jeito de me fazer acordar para vida, ou só a cada manhã, transforma as atividades monótonas em momentos únicos. Sua maneira de me fazer sorrir de uma alegria sem piada, somente de estar ao teu lado.

terça-feira, 31 de maio de 2011

- Sangue de Merar ~ P.1

Nos picos gélidos e escuros, algo esbraveja e enfurece-se.
algo e não alguém, pois nada como isso jamais fora visto por qualquer criatura de sangue e coração, desde Merar à Gollum.

No pico de Darkor algo, furiosamente já esquecera-se de quem foi.
Um vento forte balançou-me os cabelos, e um calor subiu-me à cabeça. Viajei por horas ou segundos, até onde todos instintivamente sentissem que era tempo de se fechar em casa.

Despejando nas runas o meu temor, e tateando-as com sangue
-Arkor venha em mim, e que já não seja eu, mas tu em mim. Que repouse como espada o nosso Hipicos, para que me seja forte por completa, porém sábia.

No mais tenebroso pico, algo monta em sue dragão e o faz expelir terror e fogo. Eis que percebo que o tempo de vida, acaba de ter início...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Se depender de mim, eu vou até o fim...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

- Abaçaiado

Quero sentir paixão

Mas sem ter que me portar como abobado

Sem me entregar

Sem sentir.


Quero sentir paixão

E que me faça escrever-lhe o nome entre corações

Mas sem ser acometida de perda de racionalidade

Sem sair do meu mundo.


Quero sentir paixão,

E me permitir mudar em função sentimental?

Não quero ver-me abaçaiada

Em função do que não vejo.


Até quero sentir paixão

E ser como uma menina-mulher

Mas não vou deixar-me sentir por outro

Antes de sentir primeiro por mim.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

- Me da um expresso

Ponho-me de pé

Sonolenta e aleiada

Ouço o cantarolar de rádios

E a musicalidade do trafego.


Perco-me entre bolsas, camisas e casacos

Converse ou scarpin, nude ou bordô

Decido que nada disso

E vou-me com fome.


Um chá ou coca

Preciso manter a saúde

Torradas ou walfes

Incrível a capacidade da duvida.


Entro na fila atrasada

Eu atrasada, não a fila

- Me da um expresso

E expresso toda a minha angustia matinal.


- Grão moído ou em pó?

- Com cafeína ou sem?

Remou-me, contorço-me

- O básico, o de sempre!


- 6,55, tem trocado?

Apenas pago

Pego meu café e sento

- Leite ou creme?

Não sei porque ainda espero diferença, agindo igual.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

-Desejos aos pés de Merar~*

Vejo ao longe um ser que corre entre os bosques, voraz como um lobo, corre.
Anda quebrando os galhos, sorrateira e silenciosamente vai. E busca por algo e busca por alguém, ou algum lugar onde possa parar e pensar no que fez.
Bruscamente para; deita-se de bruços na relva junto ao lago e olhando-se, viu um rosto desfigurado e cansado, com um semblante de culpa e um medo da descoberta. Pensou " há essa hora todos já devem ter notado".
Sentiu chegar ao corpo as palavras de um vento norte que falava de forma claramente incógnita, e só ele poderia entender.
-Oh pequeno elfo, tu que foges. Para agora e descansa tua alma pois agora em calma revelo-te como andar.
Então rápido como a luz, levantou-se, andou em direção ao lago e entrou, banhou-se e saiu, caminhou vagarosamente bosque à dentro .
E olhando de onde vejo, ele continua lá deitado e agora o rio reflete a face sorridente de um elfo que encontrou o paraíso ao encontrar-se com a morte.


Contos da elfgueira~*

terça-feira, 5 de abril de 2011

- Até mais e obrigada pelos peixes ~*

"Passa-se o tempo e a terra o come.
Foge de progéteis displicentemente correndo no ar.
Corre, escala, deita, rola e ruge como sendo mais um.
A cor, a tinta e o formato do que antes eras lixo, hoje dita os seus prêmios
O bônus máximo em sedimentos magmáticos fundidos
Pedra!
E a exclusão impera, afinal, papel não é só papel e pedra não é só pedra?
Sim, é!
E você é só um Humano, O Humano, o "Animal-stresse"
Feliz sejam os que não pensam.
Viva aos peixes!"




O texto é meu, mas passou muito tempo sendo um presente à um alguém que instigou minha primeira grande metanóia.
Que não só o seu Sartre e o seu Nietzsche fiquem em mim, mas principalmente o seu jeitinho Sandro Cocco de ser.