quarta-feira, 28 de setembro de 2011

-Lamentações de Jéh(remias)

Esquecida em um canto qualquer, submergida em minha dor, esgotada, lapidada pelo sofrimento.

O engano adorável cercou-me como um muro e eu já não posso sair.

As doces dores da vida desviaram meu caminho e me fizeram em pedaços

Lembro-me da minha aflição, do meu pranto, do meu veneno e do meu absinto, derramados por preço de quermesse. Minha cansada mente todos os dias se recorda e debate-se dentro de mim, buscando com cada resto de força a esperança inexistente, há muito tempo perdida.

Queixando-me a cada segundo por meus pecados sem volta; o gosto do sangue escorrido por minhas mãos. Tento ligar meu coração a essa força que me cerca.

Dos meus olhos caem torrentes de lagrimas, quebrantando meu ser aos pés do ser supremo.

Alivio-me e percebo, que a música a ser tocada em min’alma pode ser outra, e que a saída, é o atento do Senhor vindo dos céus. O socorro que remiu a minha vida e quebrou finalmente a trava do meu ser.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

- Síndrome de Clèrambault

Você me ama como eu te amo! Posso ver claramente em seus olhos, mesmo quando você não está olhando pra mim.

Por mais que você insista em dizer que não me quer, me odeia, me quer longe, que sou louca e outras coisas. Posso sentir o seu afeto, o seu toque e seu carinho, e seu sorriso quente que vem em minha direção.

Entendo que sua família, amigos, vizinhos, parentes e até mesmo os desconhecidos, que nada tem com sua vida, não possam saber de nós dois. Nossa comunicação é algo raro e caro, que não se acha em qualquer lugar.

Somente eu posso ler os seus sinais pra mim, só eu consigo entender esse seu jeito de me desprezar. É carinho! Ah eu sei que é.

Minha única loucura e problema é você, és a minha desgraça, minha amargura, meu ódio e meu pecado. Mas seria mentira dizer que não te quero, que não vejo o seu brilho ao me ver sentada frente à ti e em meio a dezenas de outras pessoas, quando você finge não me olhar.

Meu doce veneno preciso ter-te comigo uma vez só. Sentir teu cheiro de perto e te ter em meus braços. A distância entre nós me mata todos os dias.

Todas as manhãs eu me desacordo para a vida, ao ver que ao meu lado não é você quem ressona suavemente. More comigo, viva em mim e eu te mostro como sou o melhor amor que você pode ter.

"tenho assistido bastante a serie Criminal Minds. Volte e meia, vi em um episódio um relato sobre algo que achei muito interessante "síndrome de Clèrambault". A mesma consiste em uma relação afetiva que só existe na mente da pessoa afetada, que se apaixona perdidamente por alguém (geralmente de maior poder aquisitivo) e acredita que esse alguém também a ama, mesmo que as vezes, nem a conheça. O portador acredita na comunicação através de olhares, de negação constante e de um intitulado "brilho"."

-Coleccionista de canciones

Foi tudo tão iluminado quanto o escuro, que eu nem pude ver que estava me perdendo nessa minha incansável procura por você. Quando algo tem de evoluir ele simplesmente cresce, por mais que continue do mesmo tamanho.

Foi tudo tão profundamente raro que poderia ser encontrado em qualquer esquina, um sim, e La estamos nós outra vez envolvidos nessa loucura de ligações eternas inacabadas, nesta zona de perigo onde tudo é amorosamente encantador, onde o mal se encontra mesmo que involuntariamente, incluso em nossos mais profundos pensamentos.

Foi tão deliciosamente doloroso para nós dois tudo aquilo que passamos separados, que agora neste mundo conflituoso temos a necessidade de compartilhar em silencio, toda essa infinidade de palavras.

Foi tudo como um romance, daqueles em que o sangue fala mais alto, porem ao invés de morrermos, viveremos nesta eterna morte da cultura, repartindo a cada dia que se vai, um novo relato que nos fortalece como pessoas, mas enfraquece nossa alma.

E como se não houvesse mais nada a ser dito, nós continuávamos a falar sobre toda aquela improvável realidade que nos atormentava todos os dias. As marcas das pedras vão ser eternas, mas a amizade que construímos vai durar o quanto for preciso.

“vejo agora que a necessidade será em um tempo chamado pra sempre"