sábado, 8 de maio de 2010

A sinestesia

O doce som de teu corpo em mim, mostrou-me que ouvir tua voz é a mais bela obra de arte, deu-me uma ilustre visão de teu corpo e foi-se, deixando-me aqui não há mais o que fazer para reverter o tempo perdido.
O mundo gira, as coisas ficam e mudam e há adaptações, e a calma volta a irritar e magoar e doer cada vez mais. Será que não podes ver?
Não sentes esse gosto delicioso de perfume de lírios que se esvaia do corpo de um alguém que agora apodrece em si mesmo?
Seria tão difícil notar a aura colorida que se espalha quando fixas seus olhos sorridentes em mim? Quando pronuncias meu nome o sabor é doce ou amargo? Seria eu apenas só mais um som, sem gosto ou cheiro?
Porei, pois uma carcaça nova no meu triste ser que sorri esteticamente, e serei de tudo um pouco e um pouco de tudo, serei, pois a junção de tudo que nunca esteve sequer separado.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Corpo&Mania

Sentada ouvindo a musica clássica de crianças chorando,distinguindo-as das que fingem que choram, buscando esvair-me.
Levar minha mente para longe. Com todo o saber em minhas mãos, e olhos fixados em agachamentos e piruetas de um balé artisticamente africano, vejo, já não mais paro de ver os movimentos, mas distancio meus olhos e escondo-me numa “capa” intelectual, para não ser notada observando atentamente a futilidade adulta na mente infantil dos jovens que me cercam.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Carta.

Alimentei de alguma forma esse amor individual

Tornei pra mim difícil simplesmente você

Eu sabia o quanto custava o ouro, a prata, o diamante,

Só não sabia que perde você pro destino ia me custar mais caro que qualquer outra coisa valiosa.

É uma pena estar com frio e não ter nem se que seu pensamento frisado no calor que desejo.

São puras palavras sinceras e desgastadas nas minhas besteiras,.

Pedi tanto a Deus você pra mim.

Será que é tão difícil pelo menos sentir seu cheiro perto de mim

Perto de você dizer o que em minha memória vinhece de mais verdadeiro.

Eu plantei a imaginação nos meus desejos.

Cultivei minha ilusão sem plano e conclusão.

Construí aos poucos dentro de mim o arrepio do pensamento

Onde só você permanecia constante.

Estou triste, convencido que nunca vou te ter.

Juro agora pra eu mesmo deixar apenas o tempo me ferir.

Mais te quero, te espero.

E meu medo cobre minhas juras

Não posso fazer o que o futuro não guarda pra mim.

Desisto apenas.

Conclui que é demais tentar curar não só a ferida, mais a cobiça por ti.

Seria mais infeliz me abatater na verdade da fantasia ou no sonho que não existe?

Eu agora estou indo.

Abandonando o sofrimento e criando minha aflição.

O que você me disse hoje me feriu.

Então deixa eu ir pro meu mundo.

Conquistar o que é meu.

Tudo ta se passando rápido.

E eu apenas tenho que dizer.

Perdi minhas forças, e o caminho agora é outro.

Talvez amanhã seja a resposta pra tudo.

Desculpas por minhas lagrimas descerem sem propósito elas são verídicas ao que to sentindo.

Tchau apenas...

E desculpa se pra você a algum tempo o meu TE AMEI seja o teu pior pesadelo.

Por: Railson Miran

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A convenção de palhaços...'


Nós sempre estamos aqui, sentados esperando as coisas tomarem um rumo.
Enquanto isso na convenção dos palhaços... Na cidade central, no prédio estrondoso.
Eles decidem as nossas vidas, e como tudo vai ficar.
A comissão dos figurantes implantados pelos outros encasacados corre de um lado a outro levando consigo suas maletas cheias de acessórios pra o divertimento geral, eles tem sempre uma pequena apresentação do show mais esperado... “o implante” aquele que conta todos os dias como o “cidadão” (uma espécie de animal, geralmente com perda de memória recente) passou a usar, assim como eles, um grande nariz vermelho.
Canta-se nas praças nos dias de antigamente, que todos os palhaços deveriam largar os sapatos de couro e os paletós, e passarem a ser como os cidadãos. Alguns até tentaram por uma fantasia por cima da outra, porém como toda boa mascara cai, e como eles têm muitos “mini circos” e podem comprar mascaras boas...
Nós, os pensantes vemos tudo o que acontece.
Para os nossos pensadores ainda é um mistério a capacidade que os palhaços do circocentral, têm de ludibriar e desviar as mentes dos pequenos cidadãos de tudo que eles fazem.
Resta-nos apenas torcer de quatro em quatro anos.
Eu penso, tu pensas, nós pensamos... Eles vivem.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Lili Luft'




Era uma vez, dessa vez era uma vez diferente das outras.
Não vá pelo mesmo caminho, pois subindo e descendo as montanhas é o país élfico. Dessa vez só desça, e ao descer verás em meio a um terreno aquoso e irregular uma cidadezinha chamada Luft, onde vivem estressadamente os Nióficos.
Sendo de parentela élfica e ninfica, apresentam uma agradável mistura de aparência; altos como elfos, de longos cabelos negros como as ninfas, mágicos como os elfos e voadores como as ninfas, tudo o que fazem é buscar a simetria em tudo, e vivem a descabelarem-se quando percebem onde seus progenitores construíram sua cidade.
Mas, aonde mais poderiam ir? Sendo elfo e ninfa, amor fruto de mistura de raças, jamais poderiam ficar juntos. No entanto o sentimento era mais forte, e foi assim que Label o elfo minúsculo e Enner uma ninfa grande demais para o seu povo, perceberam que suas diferenças os juntavam. E fugindo das montanhas, foram através do bosque de Merar e um pouco mais a leste, até encontrar um terreno irregularmente aconchegante, aonde pararam e começaram à organizar sua casa e seus pequenos jardins.
Da união, frutos de um amor hero nasceram cinco crianças, mas o primogênito tinha algum problema, era torto por isso foi batizado de Niófico, os outros foram Lara, Lana, Leoni e Luft que viria a dar nome à cidade; porém todos mesmo sendo perfeitos tomaram por sobrenome Niófico em honra a o pequeno que não pôde viver, pois nascera doente e logo veio a falecer.
E o povo cresceu tornaram-se nação, cidade e clã, e a unidade é perfeitamente compreendida. São senhores de guerra e contadores de história, responsáveis pelo amanhecer e anoitecer no bosque de Merar.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


Este é o conto de um conto...
Subindo e descendo as montanhas, em um fundo vale, entre as íngremes montanhas do norte, é possível ver à noite pequenas luzes que se acendem; é a cidade de Gollum se ilumina junto com a chegada das trevas.
Cada casa em particular alumia-se, e bem no meio do vilarejo, perto da ponte e da fonte dos cantos líricos, encontra-se a grande chama. Sentados em um circulo, todos aqueles sedentos por doces contos agrupam-se e um a um buscam o melhor lugar para ouvir o grande sonho que transparece no fogo, levando-os à uma viajem única por terras que jamais viram ou ouviram, e todo cheiro, todo gosto, todo toque é total e absurdamente palpável como se estivesse mais próximo do que o próprio passado.
O fogo mostra guerreiros, arqueiros, magos e criaturas desconhecidas, elfos dominantes que expulsão e protegem o seu povo como grandes dominadores. Nem sempre são bons contos, mas nunca um só elfo temeu a história da grande clareira, pois ele inspira amargos sonhos que embalam gentilmente a noite de cada pequeno visionário que busca um futuro grande e aventureiro.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Golun'

Os cantos líricos vindos da terra do grande criador invadem minh’alma.
A doce terra escondida por trás das montanhas, o pequeno vilarejo onde encontro meu alento, sossego para minha mente, poesia para meu corpo.
Ali aonde a luz que chega aos meus olhos e gentilmente invasora, preenchendo espaços e dando-me a certeza de uma segurança.
Ali onde o Grande Rei anda com seus súditos. Ele os chama de amigos, e lhes mostra o poder de criação em cada gesto de amor que faz.
Ali onde cada palavra proferida é um canto de louvor aos grandes feitos do Rei.
Ali onde as estrelas amorosamente dividem seu espaço com os raios de sol...
Oh o sol... Nada é o sol sem o brilho do grande rei que o comanda...
A perfeita dança entre fogo e vento, dia e noite.
Ali sei que sou bem recebida.
Ali onde a vida se renova todos os dias, onde a tristeza e o rancor não podem nunca entrar.
Ali onde a infelicidade não existe, o nosso Rei nos supre de alegria.
Ali onde as águas que saem do trono de meu rei dão origem à cachoeira que nos mantém vivos.
Oh, ali onde eu vivo, onde me encho de pureza.
Ali, com meu Rei.
Minha terra chamada céu.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Ouça o som dos elfos

Parada em minha janela ouço um som oriundo da terra dos elfos.
O som dos alaúdes, flautas, pífaros e harpas, envolvem a festa que anuncia a saída dos anões escavadores de suas terras. O povo élfico sorri e canta suas canções, pisando em uma terra banhada de vermelho, terrível fim a muitos, a batalha sangrenta que ali foi travada ainda deixa rastros muito fixos, muito mais nas lembranças de seus cidadãos molestados do que em sua paisagem tingida.
Envolvidos na dança entre o vento e o fogo, dançam alegremente por cima de onde estão enterrados seus mau feitores. Pessoas sucumbindo de prazer, uma eterna alegria que agora envolve aquele pequeno vilarejo de bravos guerreiros.
Hoje é dia de festa na humilde terra de elfos, velhos com os doces, crianças embriagadas. Hoje tudo é licito ali onde nem mesmo machados podem ferir o ego, ali onde tudo virou uma realidade fantasiosa, ali no recanto mais profundo do bosque de merar.