sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

-Long Long Journey into the darkness

Long Long Way to go...


Sinto a relva em baixo de mim
sinto o vento em meus cabelos e rosto
sinto a areia em meus dedos dos pés
sinto o universo ao alcance das minhas mãos.

vejo o céu de perto
vejo os astros distantes
vejo o futuro e passado unindo-se
vejo o nascer de outra era.

Tenho tudo o que preciso aqui
tenho o meu agora
tenho um coração no além mar
tenho uma mente que corre aventureira.

Mas eu continuo aqui, apenas vivendo!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

- Depois de tanto caminhar

Estou crescendo, mas não fisicamente.
Crescendo em ambições, em sonhos, em pontos, em vistas, em desandes, em loucuras, em certezas de erros, em ser baixinha, crescendo em mim.
É muito difícil ver o mundo mudar e eu ser a mesma pessoa, ou talvez o mundo que continue o mesmo e o que tenha mudado seja meu senso de igualdade, NÃO IMPORTA!
no final, quem realmente liga pra alguma coisa?
quem decide o que é moralismo, e o que é consciência?
e quem criou tudo isso, afinal?
eu tinha medo de crescer e me perder no meio do caminho, e agora que estou no meio do caminho, tenho medo de não ter notado o desvio. eu me perdi?
me deixei, saí sem mim, corri pra longe do eu que amei! e me sinto bem hoje, mas e amanhã?
quando eu chegar ao fim dos meus dias eu vou ver algo que tenha mudado pelo mundo?
e o mundo, precisa ser mudado, ou eu que tenho que me adequar?
sinto que se eu abandonar todo egoísmo que há em mim, eu vou ser alguém que não tem nada que é realmente seu.
tenho ciumes de mim, não quero ninguém tentando me mudar...
eu sou minha, ora! só vou mudar se eu quiser!
mas como todo bom estabelecimento, eu aceito opiniões!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

-Lamentações de Jéh(remias)

Esquecida em um canto qualquer, submergida em minha dor, esgotada, lapidada pelo sofrimento.

O engano adorável cercou-me como um muro e eu já não posso sair.

As doces dores da vida desviaram meu caminho e me fizeram em pedaços

Lembro-me da minha aflição, do meu pranto, do meu veneno e do meu absinto, derramados por preço de quermesse. Minha cansada mente todos os dias se recorda e debate-se dentro de mim, buscando com cada resto de força a esperança inexistente, há muito tempo perdida.

Queixando-me a cada segundo por meus pecados sem volta; o gosto do sangue escorrido por minhas mãos. Tento ligar meu coração a essa força que me cerca.

Dos meus olhos caem torrentes de lagrimas, quebrantando meu ser aos pés do ser supremo.

Alivio-me e percebo, que a música a ser tocada em min’alma pode ser outra, e que a saída, é o atento do Senhor vindo dos céus. O socorro que remiu a minha vida e quebrou finalmente a trava do meu ser.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

- Síndrome de Clèrambault

Você me ama como eu te amo! Posso ver claramente em seus olhos, mesmo quando você não está olhando pra mim.

Por mais que você insista em dizer que não me quer, me odeia, me quer longe, que sou louca e outras coisas. Posso sentir o seu afeto, o seu toque e seu carinho, e seu sorriso quente que vem em minha direção.

Entendo que sua família, amigos, vizinhos, parentes e até mesmo os desconhecidos, que nada tem com sua vida, não possam saber de nós dois. Nossa comunicação é algo raro e caro, que não se acha em qualquer lugar.

Somente eu posso ler os seus sinais pra mim, só eu consigo entender esse seu jeito de me desprezar. É carinho! Ah eu sei que é.

Minha única loucura e problema é você, és a minha desgraça, minha amargura, meu ódio e meu pecado. Mas seria mentira dizer que não te quero, que não vejo o seu brilho ao me ver sentada frente à ti e em meio a dezenas de outras pessoas, quando você finge não me olhar.

Meu doce veneno preciso ter-te comigo uma vez só. Sentir teu cheiro de perto e te ter em meus braços. A distância entre nós me mata todos os dias.

Todas as manhãs eu me desacordo para a vida, ao ver que ao meu lado não é você quem ressona suavemente. More comigo, viva em mim e eu te mostro como sou o melhor amor que você pode ter.

"tenho assistido bastante a serie Criminal Minds. Volte e meia, vi em um episódio um relato sobre algo que achei muito interessante "síndrome de Clèrambault". A mesma consiste em uma relação afetiva que só existe na mente da pessoa afetada, que se apaixona perdidamente por alguém (geralmente de maior poder aquisitivo) e acredita que esse alguém também a ama, mesmo que as vezes, nem a conheça. O portador acredita na comunicação através de olhares, de negação constante e de um intitulado "brilho"."

-Coleccionista de canciones

Foi tudo tão iluminado quanto o escuro, que eu nem pude ver que estava me perdendo nessa minha incansável procura por você. Quando algo tem de evoluir ele simplesmente cresce, por mais que continue do mesmo tamanho.

Foi tudo tão profundamente raro que poderia ser encontrado em qualquer esquina, um sim, e La estamos nós outra vez envolvidos nessa loucura de ligações eternas inacabadas, nesta zona de perigo onde tudo é amorosamente encantador, onde o mal se encontra mesmo que involuntariamente, incluso em nossos mais profundos pensamentos.

Foi tão deliciosamente doloroso para nós dois tudo aquilo que passamos separados, que agora neste mundo conflituoso temos a necessidade de compartilhar em silencio, toda essa infinidade de palavras.

Foi tudo como um romance, daqueles em que o sangue fala mais alto, porem ao invés de morrermos, viveremos nesta eterna morte da cultura, repartindo a cada dia que se vai, um novo relato que nos fortalece como pessoas, mas enfraquece nossa alma.

E como se não houvesse mais nada a ser dito, nós continuávamos a falar sobre toda aquela improvável realidade que nos atormentava todos os dias. As marcas das pedras vão ser eternas, mas a amizade que construímos vai durar o quanto for preciso.

“vejo agora que a necessidade será em um tempo chamado pra sempre"

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Que Se Perde Enquanto Os Olhos Piscam

Pronde vai?
Toda tampa de caneta?
Todo recibo de estacionamento?
Todo documento original?
Isqueiro, caderneta,
A camiseta com aquele sinal...
Pronde vai... toda palheta?
Pronde foi... todo nosso carnaval?
Pronde vai?
Todo abridor de lata?
Toda carteira de habilitação?
Recado não dado, centavo, cadeado?
Todo guarda-chuva!
Pra fuga pro temporal!
Pronde vai... o achado, o perdido?
Eu não sei, veja bem...
Não me leve a mal...
Pronde vai?
Todo outro pé de meia,
Carteira, brinco e aparelho dental?
Pronde vai... toda diadema?
Recibo, receita e o nosso enredo inicial?
Pronde vai?
Toalha de acampamento,
Presilha, grampo, batom de cacau
Elástico de cabelo
Lápis, óculos, clips, lente de contato?
A nossa má memória!
A denúncia no jornal?
Pronde vai... aliança, chaveiro, chave, chinelo?
E o controle pra trocar canal
Pronde vai?
O solo que não foi escrito?
Labareda nesse labirinto,
O instinto, o reflexo, sem seguro
O coro do socorro! o lançamento oficial!
Pronde vai... a culpa da cópia?
Pronde foi... a versão original!?
Pronde vai?
A bala que se disparô?
O indício do vício que disseminou
A busca do corpo por algo vital?
A firmação do pulso! o discurso radical!
O troco em moeda... a lição da queda
Pronde foi... nosso h

umor e moral?
Pronde vai? todo nosso desalento
Morre brisa nasce vendaval
Pronde vai a reza vencida pelo sono
Ela vale? me fale... me de um sinal!

São Longuinho
Me fale me de um sinal!

Pra onde foi?
O canhoto, benjamim de tomada
Simpleza, prudência, clareza... consideração!
Autenticidade, compaixão, certeza... o perdão
A urgência, carrega a dor de bateria,
O extrato, a ponta, a conta nova, a cola e a extensão,
O estímulo,o exemplo, ,a voz dissonante...
A coragem do meu coração!

São Longuinho, são Longuinho
Me fale me dê um sinal!
São Longuinho, são Longuinho
Pra onde foi?
A coragem do meu coração!


quinta-feira, 2 de junho de 2011

- Cantando no meu silêncio ~*

Te vejo com meu sexto sentido aguçado. Me vejo, não mais como menina. A sua magia e sua pureza me fazem despir a capa da infância, e mergulhar num turbilhão de sentimentos que nunca, em outros tempos, havia provado.

O seu olhar e sua mania de me falar displicentemente ao pé do ouvido, o que só você vê em mim. A forma como seus braços me envolvem, e a doçura com que seus lábios tocam minha testa, me mostram que você nunca me machucaria.

As tuas suaves mãos, e até a tua respiração, entra em compasso com a minha. O seu jeito de me fazer acordar para vida, ou só a cada manhã, transforma as atividades monótonas em momentos únicos. Sua maneira de me fazer sorrir de uma alegria sem piada, somente de estar ao teu lado.

terça-feira, 31 de maio de 2011

- Sangue de Merar ~ P.1

Nos picos gélidos e escuros, algo esbraveja e enfurece-se.
algo e não alguém, pois nada como isso jamais fora visto por qualquer criatura de sangue e coração, desde Merar à Gollum.

No pico de Darkor algo, furiosamente já esquecera-se de quem foi.
Um vento forte balançou-me os cabelos, e um calor subiu-me à cabeça. Viajei por horas ou segundos, até onde todos instintivamente sentissem que era tempo de se fechar em casa.

Despejando nas runas o meu temor, e tateando-as com sangue
-Arkor venha em mim, e que já não seja eu, mas tu em mim. Que repouse como espada o nosso Hipicos, para que me seja forte por completa, porém sábia.

No mais tenebroso pico, algo monta em sue dragão e o faz expelir terror e fogo. Eis que percebo que o tempo de vida, acaba de ter início...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Se depender de mim, eu vou até o fim...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

- Abaçaiado

Quero sentir paixão

Mas sem ter que me portar como abobado

Sem me entregar

Sem sentir.


Quero sentir paixão

E que me faça escrever-lhe o nome entre corações

Mas sem ser acometida de perda de racionalidade

Sem sair do meu mundo.


Quero sentir paixão,

E me permitir mudar em função sentimental?

Não quero ver-me abaçaiada

Em função do que não vejo.


Até quero sentir paixão

E ser como uma menina-mulher

Mas não vou deixar-me sentir por outro

Antes de sentir primeiro por mim.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

- Me da um expresso

Ponho-me de pé

Sonolenta e aleiada

Ouço o cantarolar de rádios

E a musicalidade do trafego.


Perco-me entre bolsas, camisas e casacos

Converse ou scarpin, nude ou bordô

Decido que nada disso

E vou-me com fome.


Um chá ou coca

Preciso manter a saúde

Torradas ou walfes

Incrível a capacidade da duvida.


Entro na fila atrasada

Eu atrasada, não a fila

- Me da um expresso

E expresso toda a minha angustia matinal.


- Grão moído ou em pó?

- Com cafeína ou sem?

Remou-me, contorço-me

- O básico, o de sempre!


- 6,55, tem trocado?

Apenas pago

Pego meu café e sento

- Leite ou creme?

Não sei porque ainda espero diferença, agindo igual.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

-Desejos aos pés de Merar~*

Vejo ao longe um ser que corre entre os bosques, voraz como um lobo, corre.
Anda quebrando os galhos, sorrateira e silenciosamente vai. E busca por algo e busca por alguém, ou algum lugar onde possa parar e pensar no que fez.
Bruscamente para; deita-se de bruços na relva junto ao lago e olhando-se, viu um rosto desfigurado e cansado, com um semblante de culpa e um medo da descoberta. Pensou " há essa hora todos já devem ter notado".
Sentiu chegar ao corpo as palavras de um vento norte que falava de forma claramente incógnita, e só ele poderia entender.
-Oh pequeno elfo, tu que foges. Para agora e descansa tua alma pois agora em calma revelo-te como andar.
Então rápido como a luz, levantou-se, andou em direção ao lago e entrou, banhou-se e saiu, caminhou vagarosamente bosque à dentro .
E olhando de onde vejo, ele continua lá deitado e agora o rio reflete a face sorridente de um elfo que encontrou o paraíso ao encontrar-se com a morte.


Contos da elfgueira~*

terça-feira, 5 de abril de 2011

- Até mais e obrigada pelos peixes ~*

"Passa-se o tempo e a terra o come.
Foge de progéteis displicentemente correndo no ar.
Corre, escala, deita, rola e ruge como sendo mais um.
A cor, a tinta e o formato do que antes eras lixo, hoje dita os seus prêmios
O bônus máximo em sedimentos magmáticos fundidos
Pedra!
E a exclusão impera, afinal, papel não é só papel e pedra não é só pedra?
Sim, é!
E você é só um Humano, O Humano, o "Animal-stresse"
Feliz sejam os que não pensam.
Viva aos peixes!"




O texto é meu, mas passou muito tempo sendo um presente à um alguém que instigou minha primeira grande metanóia.
Que não só o seu Sartre e o seu Nietzsche fiquem em mim, mas principalmente o seu jeitinho Sandro Cocco de ser.