quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

- Disenchanted

Fechei os olhos por preferência, emudeci por cuidado.
Estou confusa, quase não dormi e sonho algum me chegou à mente.
passei a noite em lapsos, entre acordada e ocupada com meus medos.
medo do nada
taquicardia
falta de ar
inquietude
O cérebro trabalhando sem motivo, enquanto deveria desligar-se. Mas ele permanece mantendo-me acordada por medo, por culpa, por dor e por candura.
Eu não sei o que eu quero, nem o que me tornei.
Fugi de mim a vida toda e hoje em dia, não sei como me achar.
Talvez não haja o que achar, me posto sem personalidade, sem caráter, direito ou cor.
Sou insipida, inodora.
Sub-existo na vontade de ser, em mim um algo que não só respire.
Venho mudando um alguém que não sou. Reprimi e corrigi quem eu queria ser, mas esqueci de fazer o mesmo com a parte de mim que sou eu.
Tenho mais de uma de mim aqui dentro, uma dualidade de sentidos opostos.
Não consigo me ater a nada, mas sou possessiva.
Queria fechar os olhos e descansar,
Sentir o sabor do meu "Eu" e descansar,
Sentir a dor que me causaria e só me deixar ir...

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