segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ercis

Presa em algum lugar que não sei bem onde é, perdida em meio a milhares de olhares incansáveis , tentando insistentemente invadir o meu pobre ser.

Perco minha mente em dezenas de outras pessoas...

E deparo-me com o calor de um ser vibrante, de aura extremamente clara, e que me faz refletir em toda a pureza da vida.

Não era elfo, mago ou hobbit; era uma mistura do sagrado, a essência de deus, o corpo humano, a força do anão, o encanto do elfo, o espalivit do mago, a doçura do hobbit.

Notou-me olhando-te e veio à mim falar , como uma voz tênue, um sorriso envolvente.

E falou-me...

Falou-me do canto das harpias em merar

Falou-me de como é macio o galopar de um unicórnio.

Falou-me do bater das azas do dragão de darkor...

E eu me senti segura, uma sensação confusa, dando-me a impressão de que o mundo não acabaria na quinta...

A quinta estrada...

A quinta olhada...

A quinta pessoa...

Um quinto de mim pulsou ao sentir tuas quentes mãos, ao ouvir teu riso, ao cheirar teu perfume...

Oh meu doce Ercis, quando vais perceber que cada parte de mim clama por ti?...

E como um dia que não acaba tudo teve um fim momentaneamente eterno pra mim...

Mas ficou a esperança, a graça da certeza incerta do amanhã inusitado...

Aquele que o trará pra mim e me fará em ti.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Canto das terras sangrentas'

Com os olhos fissionados em uma velha foto de um alguém que não sei que é, parada, apenas pensando, toda uma sublime escuridão que a envolve. Seria esse mais um relato de turbulentas guerras antigas que min’alma passara enquanto ainda não pertencia a meu frágil corpo?.

Oh poderoso Arkor, não deixes que as sombras invadam novamente meu ser. Os meus olhos amendoados suplicantes não conseguem parar de olhar tal foto.

É desesperadora a situação em que me encontro, Oh grande Ancelot, meu perfeito guerreiro, quando voltarás a fim de proteger-me?

No peito um coração palpitante, estripando-se de horror frente a todos esses fatos de guerras encobertos.

Trombetas longínquas salteiam os montes e através da amarga terra sangrenta chegam a meus ouvidos.

O pequeno vilarejo foi tomado pelos trasnos.

E agora mais uma vez ao relento vejo-me desabrigada neste palácio, rogando aos deuses que o tragam à mim novamente, meu Agnus.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Um bem...

São raras às vezes, em que não me perco ao achar essas palavras, ao sentir esse cheiro...

Mas que cheiro?

Esse que se esvaia dos recantos mais remotos da minha alma...

Alma?

Não sei bem ao certo o que é ter uma, penso pelo meu coração...

Coração?

Sobrevive pouco pulsante, vivendo apenas das doces lembranças...

Doces lembranças?

De todos os momentos já vividos junto a eternidade...

Eternidade?

Tudo que já foi, e sempre será...

Como?

Tudo que me tira da vida e me leva a você...

Vida?

Vazia sem a sobra de teu rastro...

Meu rastro?

De meu sangue levado por ti...

Que sangue?

O do meu pobre coração, estripado por seu rude amor avassalador, que foi embora e o levou...

Coração que agora sangra por ser esquecido, e por onde sangra contigo deixa o triste rastro que sigo para encontrar-te novamente.

E agora saia andando por ai, para que se ocupe minha vazia mente apenas em achar-te, para que nada mais tome o meu tempo, para que ele seja vivido apenas com o propósito “você”


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A troca'

É um pouco de saudade, é um pouco de bem querer, um pouco de maldade, um pouco de mal querer, meu mal, meu bem.

Mandando em meus pensamentos, conduzindo minhas emoções, e quando não houver mais jeito, e enquanto o dia se vai, eu paro nas horas procurando um motivo para tudo, Que me faz viver...

o que conduz minha respiração.

Perco-me em palavras sem sentido, em busca da razão para a forma dos batimentos da minha mente, para a respiração do meu coração, para os pensamentos dos meus pulmões.

Com meu mundo invertido, convertido apenas na beleza de teu ser.