Presa em algum lugar que não sei bem onde é, perdida em meio a milhares de olhares incansáveis , tentando insistentemente invadir o meu pobre ser.
Perco minha mente em dezenas de outras pessoas...
E deparo-me com o calor de um ser vibrante, de aura extremamente clara, e que me faz refletir em toda a pureza da vida.
Não era elfo, mago ou hobbit; era uma mistura do sagrado, a essência de deus, o corpo humano, a força do anão, o encanto do elfo, o espalivit do mago, a doçura do hobbit.
Notou-me olhando-te e veio à mim falar , como uma voz tênue, um sorriso envolvente.
E falou-me...
Falou-me do canto das harpias em merar
Falou-me de como é macio o galopar de um unicórnio.
Falou-me do bater das azas do dragão de darkor...
E eu me senti segura, uma sensação confusa, dando-me a impressão de que o mundo não acabaria na quinta...
A quinta estrada...
A quinta olhada...
A quinta pessoa...
Um quinto de mim pulsou ao sentir tuas quentes mãos, ao ouvir teu riso, ao cheirar teu perfume...
Oh meu doce Ercis, quando vais perceber que cada parte de mim clama por ti?...
E como um dia que não acaba tudo teve um fim momentaneamente eterno pra mim...
Mas ficou a esperança, a graça da certeza incerta do amanhã inusitado...